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Os metabólitos
secundários das plantas desempenham um papel importante na fitoterapia demonstrando
possuir vários efeitos biológicos e fornecendo tratamento para as mais variadas
moléstias. Eles foram descritos como antibióticos, antifúngicos e
antivirais e, portanto, são capazes de proteger as plantas dos
patógenos. Além disso, constituem importantes compostos absorventes de radiações
UV, impedindo graves danos das folhas pela exposição a luz. Sendo eles
classificados de acordo com suas estruturas químicas em várias classes sendo as
principais: Fenólicos, Alcaloides, Saponinas e Terpenos, dentre essas varias
subclasses.
Mas esses componentes
químicos podem sofrer alterações em suas concentrações dependendo de fatores
ambientais e fase de vida dessas plantas, fatores como sazonalidade podem
alterar significativamente a quantificação e qualificação química de plantas
com flavonoides, ou seja, quando coletadas amostras das mesmas plantas em
épocas diferentes do ano, serão notadas discrepância tanto nas constituições
químicas quanto nas concentrações das mesmas. Mas a sazonalidade é apenas mais
uma das influencias ambientais as quais interferem nos teores e constituintes
dos metabolitos secundários, entre esses fatores estão também: a temperatura,
variação hídrica, constituição do mineral e nutricional do solo, exposição
solar, gases ou poluição atmosférica, infecções microbiológicas e ferimentos ou
danos causados por animais e/ou insetos. Dessa forma, a planta pode até se
adaptar as mais variadas regiões ou climas, porém essa adaptação poderá ter como resultado uma variabilidade de metabolitos secundários das mesmas
plantas cultivadas em condições e ambientes diferentes.
Essas variações
químicas das plantas medicinais trazem preocupações do ponto de vista
terapêutico, pois é extremamente importantes que esses metabolitos possam ser
padronizados com maior previsibilidade, seja no cultivo controlado dessas plantas ou com
melhor previsão nas colheitas das plantas selvagens. Nos extratos padronizados
esses metabolitos secundários específicos, denominados fitoquímicos são
quantificados com concentrações padrão, diante de
produtos de grande demanda, caso ocorra por algum exposição indevida ou natural
a fatores climáticos e ambientais, ou até mesmo erro do período de colheita,
provocando assim alterações de concentração desses metabolitos podem exigir
aumento ou diminuição das amostras, para se obter a concentração desejada, com
produtos de grande demanda no âmbito nacional poderá gerar um defasagem no
abastecimento dos mesmos.
É necessário ampliar
os estudos e pesquisas dentro da botânica para que o cultivo e manejo das plantas medicinais
possam ser cada vez mais seguros e controlados, para que não ocorra nenhum
prejuízo genético ou cientifico, que as transferências regionais de
determinadas plantas sejam para pesquisas ou abastecimento, possam basear em
conhecimento cientifico e não apenas de forma empírica. Há também formas de
aproveitar melhor cada ambientação para se desenvolver metabolitos específicos
nos diferentes ambientes e exposições para a mesma planta, desse modo tornando
racional o cultivo das plantadas medicinais baseando em princípios científicos
pré estabelecidos.
REFERÊNCIAS
CUNHA, Amanda Lima; MOURA, Karlliane Silva; BARBOSA, James Cleudson;
SANTOS, Aldenir Feitosa. Os Metabolicos
secundários e Sua Importância Para o Organismo. Diversistas Journal. Vol.
1. N. 2 mai./ago. Santana de Ipanema Alagoas. 2016. p. 175-181.
GOBBO-NETO, Leonardo; LOPES, P. Norberto. Plantas Medicinais: Fatores de Influência no Conteúdo de Metabólitos
Secundário. Quim. Nova. Vol. 30. Ribeirão Preto-São Paulo, 2007.
SAMPAIO, Bruno Leite. Estudos da
Influência dos Fatores Ambientais e da Variação Sazonal dos Metabólicos de
Tithonia Diversifolia (Hemls) A. Gray (Asteocea) e Avaliação da Atividade
Antioxidante, Fotoprotetora e Fotoquimiopreventiva dos Extratos In Vitro.
Ribeirão Preto, 2015.
SANTOS, Deborah Yiara Alves Cursino. Botânica Aplicada: Metabolicos Secundários na Interação Planta-Ambiente.
São Paulo, 2015.
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Fitoterapia