ou deixa que outra pessoa faça isso. Mas, a menos que tenha dinheiro para contratar um chef particular que prepare as refeições exatamente de acordo com suas especificações, deixar que outros cozinhem para você significa perder o controle sobre o que você come – tanto sobre as porções quanto sobre os ingredientes. Cozinhar para si mesmo é a única maneira segura de retomar o controle de sua dieta – hoje em poder dos cientistas e dos processadores de alimentos – e garantir que está comendo comida de verdade, e não substâncias comestíveis com aparência de comida, com seus óleos, seu xarope de milho com alto teor de frutose e seu excesso de sal, nocivos à saúde. Não é de surpreender que a obesidade tenha aumentado quando as pessoas passaram a cozinhar menos em casa, e as pesquisas sugerem que quem cozinha provavelmente tem uma alimentação mais saudável.
Não há nada de errado com as comidas para ocasiões especiais, desde que todo dia não seja uma ocasião especial. Esse é mais um caso em que terceirizar o preparo de nossa comida para as indústrias nos causou um problema: tornou alimentos antes caros e trabalhosos de fazer – tudo, desde frango frito e batata frita a tortas e sorvetes – fáceis e prontamente acessíveis. Fazer frango frito é tão trabalhoso, que ninguém fazia, a não ser que tivesse convidados para comer em casa e muito tempo para cozinhar. O trabalho que o capricho dava controlava sua frequência. Como essas comidas para ocasiões especiais proporcionam alguns dos maiores prazeres da vida, não devemos nos privar delas, mas a noção de oportunidade deve ser recuperada. Uma forma é começar a fazer essas comidas você mesmo; se você faz suas tortas, não há de querer ter tanto trabalho todo dia. Outra alternativa é restringir o consumo aos fins de semana e a ocasiões sociais. Algumas pessoas seguem a chamada política do N: “Nada de petiscos, nada de repetir, nada de doces – a não ser em dias que comecem com a letra D.”
Fonte: Regras da Comida